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Review | Black Myth: Wukong

Jogamos Black Myth: Wukong, o jogo que está fazendo enorme sucesso e que já vendeu mais de 20 milhões de cópias e alcançou 3 milhões de jogadores simultâneos na Steam.

Confira o que achamos:

Review | Black Myth: Wukong

Black Myth: Wukong é o primeiro grande sucesso de uma desenvolvedora chinesa, a Game Science. Com uma produção que custou “apenas” 70 milhões de dólares o game já faturou cerca de 1 BILHÃO  de dólares apenas na Steam. O jogo vendeu mais de 20 milhões de cópias e teveum pico de 3 milhões de jogadores simultâneos na semana do seu lançamento. Um sucesso absoluto e GOTY contender.

O jogo é baseado em uma novel chinesa chamada “Jornada para o Oeste” que conta a história da jornada do rei macaco: Sun Wukong. Que era tão poderoso que até se tornou o próprio Buda na mitologia chinesa.

Enredo de Black Myth: Wukong

Sun Wukong é um Deus na mitologia chinesa, que se cansa de viver junto aos outros deuses e resolve viver em uma montanha junto com sua espécie, os macacos, porém ele acaba irritando deuses maiores que ele e é condenado a ser aprisionado e ter sua montanha destruída. O jogo começa efetivamente com uma batalha entre Wukong e Erlang Shen, um outro deus que é responsável por derrotar o rei macaco. Wukong perde a luta e é aprisionado abaixo de uma pedra em sua montanha por 500 anos.

Nós controlamos um outro macaco, chamado de Destinado. Nosso objetivo recuperar as relíquias sagradas para absorver o poder contido nelas e devolver ao reino dos macacos sua glória.

Gameplay de Black Myth: Wukong

Primeiramente, no jogo controlamos um dos macacos em sua jornada, o jogo bebe da fonte souls-like entretanto não apenas do Dark Souls mas principalmente de Sekiro e Nioh. A gameplay é bem fluída, podemos correr, pular, esquivar, dar ataques leves e ataques fortes além de utilizar algumas magias, ataques especiais e transformações, que basicamente não mudam muito a base da gameplay.

Uma clara inspiração em Nioh é que há 3 formas de combate no jogo, existem “3 posturas” que você pode assumir para o combate. Postura Esmagadora, Postura Ofensiva e Postura do Pilar e essas posturas variam um pouco no seu estilo de gameplay ao longo do jogo na questão de estratégia. Existem adversários em que uma postura é melhor, existem bosses em que outras posturas é melhor, então cabe da sua gameplay decidir qual caminho seguir.

A inspiração em Sekiro se deve na rápida dinâmica dos combates, ataques rápidos e combos velozes de bosses exigem do protagonista uma rápida reação com muita esquiva. Existe a “esquiva perfeita” onde o protagonista deixa um clone por uma fração de segundo e o tempo fica mais lento pela mesma fração, o que dá muita vantagem na hora de seguir com nossos combos de ataque. Abusar da esquiva, assim como abusávamos do parry,  é o caminho para deixar o game mais fácil.

Outra clara inspiração em Sekiro é que os bosses podem desequilibrar quebrando sua postura, dando à nós uma clara vantagem.

Pegada RPG

Ao passar de nível acumulamos “Faíscas” que é o nosso ponto para desenvolver o personagem. Temos algumas árvores de habilidades que podemos melhorar que não influenciam no nossos stats, apenas na nossa gameplay.

Aumentamos os stats ao juntar matéria prima e craftar novos equipamentos que vão nos deixar mais fortes.

Refaça sua build o tempo todo

Uma das grandes qualidades desse jogo é que ele te permite, a qualquer momento, realizar mudanças nas suas habilidades. Você pode reorganizar seus pontos de faíscas a hora que quiser e a todo momento mudar seu estilo de jogo de acordo com o adversário.

Bosses são o diferencial

Mais uma das grandes semelhanças de Black Myth: Wukong com Sekiro é a grande quantidades de bosses espalhados pelo mapa. Até chegar ao boss principal do mapa enfrentamos cerca de 5 outros mini bosses e cada um com uma árvore de habilidades diferente.

É bem verdade que alguns se repetem, mudando apenas a cor ou o elemento mas é bem verdade que a equipe criativa realmente se esforçou para dar a cada um deles um tom diferencial. Cada batalha é um novo desafio para o jogador que deve se reinventar a cada um que passa pois o que funcionava com um boss pode não funcionar com outro.

Embora haja uma enorme variedade chefes no jogo, 107 no total, muitos opcionais não apresentam grandes dificuldades e muitos deles são reaproveitados de chefes já derrotados. Existe apenas uma variação de cor ou de elemento entre eles.

Gameplay repetitiva?

O foco principal do game são suas batalhas com alto teor de dificuldade. Porém o caminho até os bosses pode se tornar um pouco repetitivo, passamos sempre pelos mesmos mobs com pouca variação entre eles, temos que derrota-los para subir de poder e ter mais chances nos chefes principais.

Os mobs variam muito pouco entre eles, variando entre um rato arqueiro, um rato com uma espada e um rato com um escudo por exemplo, mediante a pouca variação entre os monstros do mapa nosso estilo de batalha acaba sendo o mesmo para passar pelo caminho o que torna os combos muito repetitivos ao longo da jornada.

Meu dedo ficou doendo de tanto apertar quadrado.

Assista ao trailer de Black Myth: Wukong

O que achamos de Black Myth: Wukong?

Black Myth: Wukong certamente é um fenômeno. É o primeiro grande título de uma empresa chinesa e que junto a títulos como Elden Ring Shadow Of The Erdtre (Japão) e Stellar Blade (Coréia do Sul) colocaram a indústria asiática em outro patamar esse ano.

É um jogo ousado para uma pequena empresa e isso é importante ressaltar. A direção de arte é maravilhosa, a história contada pelas artes ao final de cada capítulo são de tirar o fôlego.

Black Myth vai te entreter por muitas horas, embora o jogo possa parecer difícil, seu sistema de combate é simples o jogador pode variar a build quando quiser, o que facilita o jogo.

O grande problema que vemos aqui é que o esforço dado para a criação de chefes parece não ter sido o mesmo para a criação de monstros menores e nem variação dos mapas. Os mapas podem ser repetitivos e os mobs também.

Essa repetição torna a gameplay enjoativa. A clara saída encontrada pela empresa para isso é a colocação de chefes menores escondidos pelo cenário, o que esconde sua falta de criatividade nos pontos citados acima.

NOTA 8/10

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