O quadrinho conta a história de um grupo de serezinhos que habitam o corpo de uma menina morta, sim isso mesmo, uma menina morta cujo nome é igual ao da nossa protagonista. Quando são obrigados a sair do aconchego do corpo, eles têm que procurar sobreviver no nosso mundo. Indicado ao Prêmio Eisner em 2015, o quadrinho, escrito por Fabien Vehlmann e ilustrado pelo casal Marie Pommepuy e Sébastien Cosset (que assina como Kerascoët), conta como protagonista Aurora, que tenta a todo custo manter uma certa sanidade nessa comunidade, tentando sobreviver na floresta, procurando alimentos e criando abrigos. Dentro disso a jovem loira se esforça para manter o grupo unido e criar uma boa vizinhança com os animais que moram perto.
Porém as coisas vão saindo do controle em decorrência da desordem e falta de comida. A partir daí eles se veem cercados de perigos e incertezas, se confrontando com situações que despertam sentimentos como inveja, egoísmo, rancor e ganância. Criar amigos e formar alianças fica cada vez mais difícil, fazendo com que Aurora chegue a seu limite e faça escolhas difíceis para sobreviver.
Podemos imaginar como uma história nonsense, ou algo mais politizado como uma crítica ao comportamento humano em situações mais calamitosas ou até mesmo no dia-a-dia onde muitas vezes só pensamos no nosso próprio benefício. Há nos quadrinhos situações onde o comportamento chega a ser até perverso, sem muito respeito à vida nos animais, na natureza, injustiças. Porém vale a pena para refletir sobre e claro as ilustrações são lindíssimas bem a cara e estilo DarkSide.